Trabalhadores são enganados e não recebem 13º salário e férias
A chegada do final de ano costuma ser aguardada com grande expectativa para quem é assalariado. Isso, porque o pagamento do 13º salário costuma chegar em boa hora para auxiliar no orçamento, muitas vezes apertado, ou mesmo salvar as compras do período. Mas, isso tem virado dor de cabeça para muitos trabalhadores que atuam no setor de construção civil. Por má fé, algumas empresas conseguem fazer com que os funcionários assinem a folha antes de receber o pagamento.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb), essa situação é mais comum do que se pode imaginar. Os empresários se utilizam da ingenuidade, fruto quase sempre do baixo nível de formação cultural das pessoas, e até mesmo em função de o setor possuir grande rotatividade de trabalhadores - hoje atuam em determinada obra e amanhã está em outra - para não efetuar o pagamento.
"Todo começo de ano é um problema muito sério aqui no sindicato. São pessoas que nos procuram para reclamar que não receberam 13º e férias. Vamos atrás e descobrimos que o documento foi assinado. Se não tivesse assinado, teríamos como cobrar. Caso contrário, fica complicado.", explica o presidente do Sintricomb, Renato José Lungen.
Tem direito a receber o 13º salário todo trabalhador que estiver registrado após 15 dias de serviço. O patrão, ou empresário, pode efetuar o pagamento do mesmo em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano e a última até o dia 20 de dezembro.
"Fazemos um apelo aos trabalhadores que não assinem, caso o patrão proponha pagar mais tarde. Qualquer coisa é só entrar em contato com o sindicato, nem que seja anônimo, que vamos verificar. Se passado o prazo de pagamento, o ministério do Trabalho autua essas empresas", complementa Lungen.
No próximo mês, o Sintricomb vai dar início a uma campanha de conscientização junto aos trabalhadores. Panfletos serão distribuídos à classe, alertando sobre o problema. Qualquer dúvida ou denúncia pode ser feita diretamente ao sindicato, pelos telefones 3351-2089 ou 3351-0082.


